TRATAMENTOS
Cálculo renal
Popularmente conhecidos como pedras nos rins, os cálculos renais são concreções formadas pela agregação
de sais minerais presentes na urina.
Um cálculo é chamado renal quando está localizado na pelve renal ou em um cálice renal. Anualmente, ocorrem 120-140
casos para cada grupo de 100.000 pessoas e atinge com mais frequência adultos na faixa dos 30 a 40 anos de idade.
As pedras possuem diferentes composições, podendo ser formadas por sais de cálcio (mais comum), ácido úrico,
estruvita (magnésio + amônia + fosfato) ou cistina.
Causas
Os rins atuam como dois filtros do sangue, retendo além de água para formar a urina, variados elementos, como cálcio, ácido úrico e oxalato. Quando essas moléculas surgem em grande quantidade e existe pouco líquido para dissolvê-las, formam-se cristais e agregados que se avolumam e originam os cálculos. Grande parte dos casos de cálculo renal acontece devido à falta de água para diluir a urina adequadamente. No entanto, existe um grupo de pacientes que mesmo ingerindo bastante água ao longo do dia continua a formar pedras. Essas pessoas possuem alterações na composição natural da urina, apresentando excesso de sais minerais, em geral, excesso de cálcio. Essa quantidade de cálcio na urina é tão grande que mesmo tendo uma boa ingestão de água, este ainda é capaz de se precipitar.
Alguns fatores de risco podem ser:
- Ser do sexo masculino (pois há 3x mais ocorrências em homens, especialmente na faixa dos 40 anos);
- Histórico familiar;
- Dietas ricas em sódio;
- Excesso de alimentos ricos em cálcio e proteínas;
- Pouco líquido na dieta;
- Altas temperaturas;
- Obesidade;
- Hipertensão;
- Predisposição genética.
Sintomas
É importante lembrar que o paciente com cálculo renal em geral
não apresenta nenhum sintoma, passando anos com a pedra no
interior do rim sem sentir qualquer tipo de dor. Contudo, quando o
cálculo sofre impacto na saída do rim ou migra para o ureter,
acarretará em um quadro de dor aguda, ocasionada pela obstrução
e dilatação do sistema urinário.
Os principais sintomas são:
- Dor lombar variável e intensa, em cólica, podendo irradiar para
flanco, abdômen inferior e região genital; - Náuseas e vômitos são normais;
- Vontade aumentada de ir ao banheiro urinar, mas não eliminar
muita urina; - Vontade de evacuar, mas sem eliminar nada;
- Ardência para urinar;
- Sangue na urina.
Diagnóstico
O diagnóstico ocorre de acordo com o quadro clínico do paciente, como a dor de ocorrência aguda na região dos flancos. É frequente encontrar sangue na urina, pois demonstra a lesão direta do cálculo no ureter. Pode ser necessária a realização de exames complementares, como:
Ultrassonografia:
É um exame com um menor custo, no entanto, não possui precisão diagnóstica para a detecção de pedras nos rins.
Tomografia Computadorizada:
Mesmo apresentando um custo mais elevado, este exame possibilita a perfeita visualização do cálculo e tem ainda a vantagem de medir a densidade do cálculo (dureza) em unidades Hounsfield (UH), informação essencial para a definição da conduta terapêutica.
Cálculos Renais | Dr. Rodrigo Carvalho
As pedras encontradas na pelve renal ou nos grupos caliciais
médio e superior maiores do que 6mm devem ser tratadas.
Caso não sejam tratados, podem migrar para o ureter, ocasionar
obstrução e consequentemente a dilatação das vias urinárias
e cólica renal. Em casos mais graves, o paciente pode apresentar
infecções do trato urinário, infecção generalizada por meio do
sangue (septicemia) e até risco de vida.
O tratamento irá variar de acordo com o paciente e com a
localização e dureza do cálculo, podendo consistir na
administração de medicamentos que auxiliem na expulsão,
procedimentos de quebra das pedras por meio da pele do
paciente (Litotripsia extracorpórea) e até intervenções cirúrgicas.